Beto Ehong lança ‘Vixe Beat’, manifesto sonoro de travessia

O EP Vixe Beat, novo trabalho de Beto Ehong, é mais que uma coleção de músicas: é um manifesto sonoro que entrelaça modernidade e tradição em mundo cada vez mais instantâneo. Composto por seis faixas autorais, o disco apresenta produção musical de Ehong em parceria com Jotanubeat, reafirmando sua assinatura artística ao mesmo tempo em que abre espaço para diálogos criativos.

As participações especiais dão corpo e diversidade ao projeto: as vozes femininas de Ross e Val Cor trazem potência, suavidade e contrapontos emocionais; as cordas de Lucilo Muirax evocam ancestralidade e lirismo; e a percussão de Dark Brandão injeta visceralidade, o sax de Caio Correia e o bass de Jesiel Bives.

Em termos estéticos, o Vixe Beat é um cruzamento de mundos: o reggae jamaicano reinterpretado pela tradição maranhense, o rap como linguagem de resistência urbana, os tambores da cultura popular como pulsação ancestral, e as abordagens religiosas e simbólicas do Maranhão que atravessam versos e arranjos, o poder e a audácia do funk. É um trabalho que resiste à catalogação fácil, moderno, mas enraizado; experimental, mas familiar.

O título, por si só, carrega metáfora: o ‘vixe’ é o espanto nordestino, o instante em que memória e corpo se arrepiam diante do inesperado; o ‘beat‘ é o coração eletrônico que mantém tudo pulsando. Juntos, formam a síntese de um Brasil que dança entre o passado e o futuro, reconhecendo-se nas ruas de São Luís, nos tambores de mina, no rap das periferias e nas radiolas que transformaram o reggae em identidade.

Vixe Beat se ergue, assim, como um EP de travessia: ouvir é ser levado a um passeio noturno pelas ruas da ilha, sentindo a maresia no ar, o batuque que ecoa das esquinas e a poesia que nasce da coletividade. É um convite a viver o presente sem esquecer as vozes que ecoam do ontem.

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Jazz e Blues agitam Ribamar em festival gratuito

Neste sábado, 30 de agosto, o São José de Ribamar Jazz e Blues Festival, um dos eventos mais prestigiados da Região Metropolitana de São Luís, retorna ao calendário cultural do Maranhão para a sua sétima edição, com shows de artistas maranhenses e entrada gratuita e aberta ao público.

Festival retorna ao calendário cultural maranhense com sua sétima edição;

Programação inclui shows gratuitos de artistas locais como Sarah Byancci, Joel Reis Classical Trio e Jamilson Jackson;

Evento oferece também oficina prática de música no IFMA de São José de Ribamar.

Com recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG) via Secretaria Estadual de Cultura (Secma), do Governo do Estado do Maranhão, a sétima edição São José de Ribamar Jazz e Blues Festival será realizada no Pátio Norte Shopping, localizado na Estrada de São José de Ribamar, na MA-201.

Em seu retorno ao calendário cultural maranhense, o festival contará com grandes talentos da música maranhense, como: a saxofonista Sarah Byancci; o cantor e compositor Jamilson Jackson; e o projeto musical Joel Reis Classical Trio, que terá como convidado especial o músico Israel Dantas.

Os shows iniciam a partir das 18h – todos no sábado, reunindo artistas de diversos estilos, que celebram o jazz e blues, e contribuem para a formação de novos públicos, inspirando novas gerações musicais.

A programação oficial iniciou dias antes, nessa quarta-feira (27), com uma oficina sobre violão e guitarra em banda, a partir de uma abordagem prática da música em grupo. A ação será no Instituto Federal do Maranhão (IFMA), no Campus São José de Ribamar, a partir das 16h, e é voltada para alunos da unidade, na faixa etária entre 16 e 18 anos.

Atrações do 7º São José de Ribamar Jazz e Blues Festival

Entre as atrações da sétima edição do festival, está a saxofonista Sarah Byancci, que atua profissionalmente no cenário musical maranhense desde 2016, acompanhando músicos locais e nacionais em shows e gravações. Em sua apresentação, traz influências de artistas que marcaram sua trajetória no universo da música, como Tânia Maria e Nubya Garcia.

Outro destaque da programação é o Grupo Joel Reis e Classical Trio, um quarteto de música instrumental e vocal que une o melhor da música brasileira com a sofisticação do jazz. Formado por Joel Reis (voz e piano), Israel Dantas (guitarra e violão), Lionel Almeida (contrabaixo) e Lugg Campos (bateria), o grupo carrega forte influência do samba, bossa nova, choro, baião e do jazz moderno.

Encerrando o line-up do festival, o aguardado show do cantor, produtor musical, dançarino e compositor Jamilson Jackson. Conhecido como Rei do Pop Maranhense e com uma trajetória marcante, o artista reúne diversos estilos em seu setlist, indo do Pop ao R&B, Soul e Black Music.

Programação completa do São José de Ribamar Jazz e Blues Festival

• 18h – Sarah Byancci e banda;
• 19h – Joel Reis Classical Trio convida Israel Dantas;
• 20h30 – Jamilson Jackson e banda.

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Festival Zabumbada promove oficina sobre IA generativa aplicada à divulgação cultural em comunidades

Um dos momentos mais aguardados pelos maranhenses está chegando. Nos dias 25 e 26 de julho, a Praça das Mercês será palco do arraial fora de época mais charmoso e inclusivo de São Luís: o Festival Zabumbada.

Mas antes da festança, será realizada a programação formativa com a oficina Inteligência Artificial Generativa para Fortalecimento da Divulgação Cultural em Comunidades, que ocorre nos dias 18 e 19 de julho, na Agência Marandu, que fica no Largo do Carmo, nº 432, Centro de São Luís. As inscrições serão realizadas no local no primeiro dia da oficina a partir das 18h.

A atividade é gratuita e voltada a agentes culturais, lideranças comunitárias, comunicadores populares e demais interessados em ampliar o alcance das manifestações culturais locais por meio do uso de tecnologias inovadoras. A diretora-geral do Festival Zabumbada, Carol Marques, da Temporana Produções, destacou a ideia de realizar a oficina que discute inteligência artificial (IA) aplicada à divulgação cultural.

Acreditamos que a cultura popular e a tecnologia não são mundos separados. Pelo contrário, quando se encontram, geram potência. Esta oficina nasce do desejo de democratizar o acesso às ferramentas que movem o mundo hoje, garantindo que agentes culturais de comunidades tenham autonomia para criar, divulgar e fortalecer seus eventos e suas tradições. Mesmo em contextos de poucos recursos, é possível fazer muito quando temos conhecimento e colaboração. Queremos ampliar vozes, criar novas conexões e manter viva a força da cultura popular

Carol Marques

Com carga horária intensiva e conteúdo acessível, a oficina visa promover inclusão digital e autonomia para a criação de conteúdos voltados à divulgação de eventos culturais em comunidades. Entre os temas abordados estão a criação de textos, imagens e vídeos por meio de ferramentas de IA, estratégias de engajamento com públicos diversos e práticas éticas e responsáveis no uso dessas tecnologias.

O curso será ministrado por Roberto Pimentel, professor universitário, especialista em sistemas de informação e atual superintendente de tecnologia da informação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) do Maranhão. Com experiência em projetos culturais como o próprio Zabumbada e o Festival BR 135, o instrutor une prática tecnológica e vivência na formação de agentes culturais.

Programação da oficina

18 de julho: 19h às 21h
19 de julho: 9h às 12h e 13h às 18h

Conteúdo programático

• Introdução à Inteligência Artificial Generativa e seus impactos no setor cultural
• Ferramentas de IAG para criação de conteúdos de divulgação cultural
• Estratégias de personalização e engajamento de públicos diversos
• Ética, direitos autorais e uso responsável da tecnologia no contexto cultural
• Oficinas práticas de produção de conteúdo usando o celular

Programação do festival em 2025

A programação do Festival Zabumbada 2025 tem tradição, valorização da cultura popular maranhense e muita emoção.

Com dois dias de muita música maranhense, forró, djs e feirinha criativa, o evento também promove o intercâmbio cultural com outros artistas nacionais, entre eles Majur (BA), em seu primeiro show do álbum seu novo Gira Mundo, que encerra a trilogia iniciada com Ojunifé (2021) e Arrisca (2023). O disco, com 16 faixas em iorubá, explora uma estética afropop contemporânea e se destaca pelo uso de instrumentos orquestrais, como piano, baixo acústico, clarins e atabaques.

https://open.spotify.com/intl-pt/artist/3EWwR3BxuCaiYKniPGDjE7?si=D25LXRf-TKmnCwGsjVGDag

Também participam dessa grande festa os grupos Batucada Misteriosa (PA), Sarminina Flor (PI), Afrôs e Flávia Bittencourt (MA), Tauana e Forró Zabumbado (PI).

O destaque, como sempre, é dos grupos de bumba meu boi do Maranhão, entre eles Boi Brilho de São João da Liberdade 2, Boi Brilho da Areia Branca, União da Baixada, Boi de Leonardo, Boi de Jussatuba e Boi de Maracanã.

A programação completa vai ser divulgada em breve.

Festival Zabumbada

O Zabumbada é um festival que celebra as manifestações culturais afro-indígenas do Maranhão, como o Bumba Meu Boi, o Tambor de Crioula e o Cacuriá.

Realizado pela Temporana Produções há quatro anos, o evento reúne apresentações artísticas, oficinas e feira criativa, promovendo o encontro entre mestres da cultura popular e o público urbano, com foco na formação de novas plateias e no fortalecimento da identidade cultural maranhense.

Já participaram do evento grupos e artistas como Boi de Maracanã, Pindoba, Guimarães, Chico César, Dona Onete, Gaby Amarantos, Olodum e Tião Carvalho. O festival reforça que o folclore é vivo, contemporâneo e merece visibilidade e investimento.

Esse ano, o Zabumbada é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), por meio da Secretaria Estadual e Municipal de Cultura e com patrocínio do Grupo Equatorial Energia.

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