Dois jovens activistas atiraram tinta verde a Rui Rocha e isso foi notícia - mais do que aquilo que reenvidicam. Ontem RAP tentou fazer uma piada sobre isso e Rocha respondeu a sério, a dizer que ele se disponibilizou a falar com eles mas depois e longe das câmaras, e que considera protestos anti-democráticos.
Mas podia ter falado com eles antes? Podia. E falou? Não. Mas afinal que querem estes jovens?
"Fim ao Fóssil até 2030", há grupos disto pelas várias escolas secundárias do país. São jovens, ainda não com idade para votar, que consideram o seu futuro em risco pela inacção dos governantes. Têm um discurso bem articulado: exigem que os partidos que queiram formar Governo tenham um plano para garantir o fim dos Combustíveis Fósseis até 2030, “nos prazos da ciência, através de uma transição energética justa que não prejudique quem não causou a crise climática”. Só nesta frase se mostram mais atentos e realistas do que o quecse consegue ler em qualquer um dos programas eleitorais. Os protestos têm o objectivo alertar “para o futuro a que os Governos nos estão a condenar”, o que não está a funcionar muito bem.
Dizem que “são jovens estudantes, mas não têm um futuro, uma vez que este sistema com as suas constantes crises e guerras falhou à sua geração e os está a condenar ao colapso climático”.