“Predador: Terras Selvagens” mira estreia global de US$ 60 milhões e pode reenergizar as bilheterias
Com a bilheteria do outubro em baixa, Hollywood deposita suas esperanças em um alienígena de dentes afiados e cabeça carnuda. “Predador: Terras Selvagens”, novo capítulo da icônica franquia de ação e ficção científica da 20th Century Studios, chega aos cinemas neste fim de semana mirando uma estreia global de cerca de US$ 60 milhões, sendo mais de US$ 25 milhões provenientes dos Estados Unidos e Canadá, segundo projeções do Deadline.
https://twitter.com/DEADLINE/status/1985862217506701756
O lançamento representa a segunda aposta da Disney no gênero sci-fi neste semestre, após o caro — e divisivo — “Tron: Ares”, que já acumula US$ 134,3 milhões mundialmente, com um orçamento de US$ 220 milhões. A diferença agora é de escala e estratégia: “Predador: Terras Selvagens” foi produzido por US$ 100 milhões e busca atingir um público mais amplo, graças à classificação indicativa PG-13, permitindo a entrada de espectadores mais jovens sem afastar os fãs veteranos.
A direção é de Dan Trachtenberg, que já havia revitalizado a franquia em 2022 com o elogiado “Predador: A Caçada”, lançado diretamente no Hulu e considerado até hoje a maior estreia da plataforma. Agora, o cineasta retorna com uma abordagem ousada: desta vez, o caçador se torna a presa.
O filme apresenta Dimitrius Schuster-Koloamatangi como Dek, um jovem Yautja (a espécie dos Predadores) exilado por seu clã, que se une à androide Thia, interpretada por Elle Fanning, uma sintética danificada da corporação Weyland-Yutani — a mesma que aparece na franquia “Alien”.
A trama se passa em um planeta remoto, onde Dek e Thia embarcam em uma jornada perigosa para enfrentar uma força misteriosa e aparentemente invencível. O elenco ainda conta com Mike Homik, Rohinal Nayaran, Cameron Brown, e as vozes de Stefan Grube, Alison Wright e dos Irmãos Matt e Ross Duffer, criadores de “Stranger Things”.
Com 88% de aprovação inicial após sua première em Hollywood, “Predador: Terras Selvagens” estreia globalmente em ritmo acelerado. O lançamento começa na quarta-feira em países como França, Coreia do Sul, Holanda e Indonésia, seguido na quinta-feira por Austrália, Brasil, Alemanha, Itália e México, e finaliza na sexta com China, Índia, Japão, Espanha e Reino Unido.
As projeções internacionais variam entre US$ 35 milhões e US$ 38 milhões, com o mercado chinês desempenhando papel incerto — o filme anterior, “O Predador” (2018), arrecadou US$ 19 milhões na China e US$ 49 milhões em mercados internacionais comparáveis, ajustados para valores atuais.
Desde sua estreia em 1987, com Arnold Schwarzenegger, a franquia “Predador” soma oito filmes entre títulos principais e crossovers. Seu recorde de abertura doméstica ainda pertence a “Alien vs. Predador” (2004), com US$ 38,2 milhões, seguido de “Predadores” (2010), de Nimród Antal, que abriu com US$ 24,7 milhões.
Mesmo que “Terras Selvagens” não quebre recordes, a combinação de um orçamento mais contido, uma proposta renovada e o apelo de Elle Fanning pode garantir um desempenho sólido para a Disney e 20th Century Studios, especialmente após um mês de outubro historicamente fraco.
A venda antecipada de ingressos nos EUA está em linha com “Bailarina” e “O Contador 2” (ambos com aberturas de cerca de US$ 24,5 milhões), embora abaixo dos números de “Tron: Ares” (US$ 33,2 milhões). Ainda assim, há maior entusiasmo entre os fãs — e uma expectativa de que “Predador: Terras Selvagens” consiga reacender o interesse por blockbusters de ficção científica originais.
Para promover o filme, Elle Fanning, Dimitrius Schuster-Koloamatangi e Dan Trachtenberg participaram de uma exibição especial no BFI IMAX Waterloo, em Londres, além de painéis na MCM Comic-Con London e na SDCC Málaga, em setembro.
Após o lançamento de “Predador: Terras Selvagens”, o circuito norte-americano recebe uma leva de produções de médio orçamento voltadas ao público adulto, como “Christy”, estrelado por Sydney Sweeney; “Nuremberg”, da Sony Pictures Classics; “Sarah’s Oil”, da Amazon MGM Studios; e “Die My Love”, com Jennifer Lawrence e Robert Pattinson, adquirido pela MUBI por US$ 24 milhões.
#20thCenturyStudios #AlisonWright #CameronBrown #DimitriusSchusterKoloamatangi #Disney #ElleFanning #Filmes #MikeHomik #Predador #PredadorTerrasSelvagens #RohinalNayaran #StefanGrube
