Suor não emagrece: entenda o mito, e seus riscos
Muita gente ainda associa o suor excessivo à perda de peso, mas essa crença popular está longe de ser verdadeira e pode até comprometer a saúde. O suor não é sinal de que você está queimando gordura, e sim uma resposta natural do corpo para regular a temperatura interna. Quem busca emagrecimento real precisa focar no déficit calórico, em uma alimentação equilibrada e na prática regular de exercícios, não em ‘derreter’ durante o treino.
Resumo
O suor elimina água e sais minerais, não gordura corporal; a perda de peso momentânea é apenas líquida;
Emagrecimento real exige déficit calórico, treino regular e hábitos sustentáveis, não roupas pesadas ou técnicas para suar mais;
Forçar a transpiração pode causar desidratação, tontura e hipertermia; roupas leves e respiráveis são recomendadas
“É mito acreditar que quanto mais a pessoa sua, mais emagrece. Quando transpiramos, estamos apenas perdendo água e eletrólitos, como sódio e potássio e não gordura corporal. O emagrecimento acontece com o aumento do gasto calórico e bons hábitos alimentares, e não com o suor em si”, afirma o profissional de educação física e coordenador do curso do Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) Recife, campus Graças, Fabiano Swinerd.
Durante a prática de exercícios, o corpo aquece naturalmente e, para evitar o superaquecimento, aciona as glândulas sudoríparas que liberam o suor, composto basicamente de água e sais minerais. O que se perde nesse processo é rapidamente recuperado ao se hidratar novamente, ou seja, não representa perda de gordura real. A queima de gordura ocorre por mecanismos metabólicos mais complexos, envolvendo consumo energético sustentado e constante.
Foto: Cottonbro Studio/Pexels
“A balança até pode mostrar um número menor após um treino suado, mas essa perda é apenas líquida. Basta se hidratar para o peso voltar. O emagrecimento verdadeiro exige constância no treino, intensidade adequada e um plano alimentar que gere déficit calórico. Só assim o corpo começa a acessar os estoques de gordura como fonte de energia”, reforça Swinerd.
Além de ineficaz, tentar suar mais a qualquer custo pode ser perigoso. Roupas pesadas, sacos plásticos ou materiais que impedem a ventilação bloqueiam o resfriamento do corpo, o que aumenta o risco de hipertermia, tonturas, desmaios e desidratação. O corpo dá sinais claros de que algo está errado: sede extrema, dor de cabeça, tontura, urina escura, cansaço anormal e boca seca.
Foto: Andrea Piacquadio/Pexels
“Treinar sem respeitar a termorregulação do corpo é um risco real. O uso de roupas inadequadas não queima mais gordura e ainda impede que o corpo cumpra sua função de proteção térmica. O ideal é usar roupas leves, respiráveis e apropriadas para o clima, como tecidos dry fit. Mais do que estética, o foco deve ser saúde e desempenho com segurança”, alerta o especialista.
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Para quem busca resultados reais, a melhor estratégia é combinar exercícios aeróbicos, como corrida, caminhada, natação e HIIT, com treinos de força. A musculação, por exemplo, aumenta a massa magra, que eleva o metabolismo basal e ajuda na queima calórica mesmo em repouso. O segredo está na consistência, boa orientação profissional e hábitos sustentáveis a longo prazo.
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