#analise

Pitfall: The Mayan Adventure

O Pitfall original foi um dos jogos mais importantes de todos os tempos. Depois de anos no limbo, quando a Atari resolveu reviver algumas franquias dormentes Pitfall acabou sendo um dos escolhidos, e na verdade foi o único jogo dessa leva a ser lançado. Devo confessar que o hype me fez ter uma pequena decepção com este jogo. Parecia ser exatamente meu tipo de jogo retro, a primeira fase prometia altas aventuras e até onde sei o jogo, e a franquia, são muito bem falados. O jogo não é ruim, só que eu criei expectativas demais.

Mas vamos começar pelos gráficos. Ótimas animações, cenários bonitos e interessantes, com uma ótima atmosfera de aventura que permeia todos os gráficos do jogo e a interface gráfica, com transições entre fases e até a barra de vida sendo o personagem indo pra boca de um jacaré, tudo condiz perfeitamente com a temática. Os gráficos não são os melhores do sistema, e talvez para 94 já desse pra esperar mais, mas eles ainda assim estão mais do que bons e a parte artística é impecável até certo ponto (mais sobre isso abaixo).

A jogabilidade é muito legal, mas aqui começaram os desapontamentos. Simplesmente por que não é excelente como eu esperava. Tudo funciona muito bem, é responsivo e até fluido, o level design também é decente e às vezes até especial. Esse é o problema. Às vezes. O design dos combates é impolido e muitas vezes confuso, assim como o platforming. Os perigos não são telegrafados corretamente e nem sempre é claro o alcance de um obstáculo, ou mesmo os padrões dos ataques dos oponentes. E isso tudo é exacerbado pela falta, em muitas vezes, de um indicativo claro de que seus ataques estão tendo efeito. Às vezes também é difícil saber o que é preciso fazer para progredir e pelo menos uma vez achei que estava em um beco sem saída e tive que recorrer a um guia.

Mas nada disso tira muito o brilho desse jogo. É muito divertido, com segredos interessantes para serem descobertos nas fases, com desafios justos e novamente divertidos. O que tira o brilho mesmo é a repetição. E aqui se liga ao que eu estava falando antes sobre a parte artística ser impecável só até certo ponto. Por que os tiles, inimigos e obstáculos se repetem muito e fica cansativo. Não apenas de um ponto de vista visual, mas também de jogabilidade. Depois de um ou duas fases, o jogo não tem nada de muito novo a oferecer e a experiência se torna um pouco maçante.

Mas vamos voltar a falar de coisas boas. A parte sonora é talvez onde o jogo mais brilha. É tudo bem feito e ajuda muito na atmosfera. Tanto as trilhas quanto os sons de inimigos e objetos te envolvem no mundo perigoso, aventureiro porém um pouco cartunesco do jogo. Sobre isso não tenho o que reclamar. A duração da aventura também é outro ponto forte, sendo na medida, não muito curto para dizer que não deu nem pro cheiro, nem longo demais que se torna uma tarefa árdua zerar. Só podia ter mais variedade.

Ainda assim eu indico esse jogo para todo fã de Mega Drive que seja fã de platformers um pouco mais maduros que o mascote básico. Fique atento que o jogo se torna bem desafiador mais pra frente, com alguns picos de dificuldade chatinhos. Recomendo que tente acumular muitos bumerangues e bombas, pois o último chefe é ridículo. Mas eu diria que sempre fornece entretenimento.

O “to be continued” no final dos créditos indica que pretendiam lançar alguma continuação, o que infelizmente não aconteceu. Muitos jogos só atingem seu potencial no segundo jogo, é uma pena que nunca saberemos se isso ia acontecer com esse aqui.

Talvez tenha faltado um pouco de ambição dos produtores, algo mais do que simplesmente melhorar sobre o último Pitfall, lançado 8 anos antes deste. Talvez devessem ter tido um olho maior na competição para copiar seus acertos e não ser sobrepujado por eles. Mais cedo no ano o MD havia recebido seus excelentes Castlevania, Prince of Persia e Sonic 3 e próximo do lançamento de Pitfall recebeu ainda títulos como Earthworm Jim, Generations Lost e Mickeymania. O esforço morno empreendido aqui não era mais o suficiente há tempos. O que só diz respeito à enorme qualidade de muitos dos jogos lançados para Mega Drive, já que este aqui não deixa de ser um excelente título e altamente recomendado.

#análise #crítica #mayanAdventure #megaDrive #pitfall

O Estado da Emulação de MD em 2025

Neste artigo tento realizar comparações entre os principais emuladores para Mega Drive, com ênfase nos que ainda estão ativos e em desenvolvimento, para avaliar sua evolução, estado atual e perspectiva para o futuro. Não sou um programador, capaz de avaliar as nuances técnicas dos mesmos, então me foco em funções e características deles. Também infelizmente não tenho acesso a muitos dos sistemas possíveis para emulação, tendo que me focar nas plataformas Windows e Android. Ressaltadas essas observações, segue o artigo.

TIPOS DE EMULADOR & LICENÇAS

Entre os emuladores por software existem dois tipos: os emuladores de nível baixo (LLE), que emulam componente por componente da máquina alvo e requerem maior poder de processamento; e os de nível alto (HLE) que tem um nível maior de abstração e tem como alvo maior desempenho mesmo rodando em máquinas menos robustas. Por definição os LLE tem maior capacidade para acurácia, mas na realidade pode ser praticamente indistinguível. Estão emergindo emuladores híbridos que usam LLE para funções mais importantes e HLE para o restante, mas não me parece que existe algum híbrido para Mega Drive, e talvez não haja ganho nenhum a ser obtido para um console como o MD.

Os HLE são a maioria dos emuladores, pois a maioria dos usuários de PC não tem uma máquina poderosa. Além disso, PCs antigos não tinham processamento suficiente para LLEs. Sendo assim, os LLEs são exceção e entre eles temos apenas Exodus, Ares e Bizhawk.

Em termos de licença os emuladores com licença aberta tem vantagem porque tem menos chance de serem descontinuados, já que o trabalho pode ser continuado por qualquer um que deseje fazê-lo e também podem ser criados forks, ou projetos derivados, do original. O próprio Ares é um fork do higan que por sua vez era um fork do BSnes. Além disso, pela quantidade de colaboradores ser maior, a velocidade de atualizações e correções também é maior. Felizmente, já se tornou padrão o código ser aberto em emuladores. O Genesis Plus GX e o PicoDrive têm licença não-comercial (não podem ser vendidos, mas são código aberto); o BlastEm tem licença GPL3, também aberta; o ClownMDEmu usa a AGPL3, licença aberta baseada na GPL3; o BizHawk e o Exodus operam sob uma licença aberta GPL específica do MIT; o Mednafen é GPL2, e o Ares usa outra licença aberta, a ISC. O Kega Fusion operava com licença proprietária e código fechado e este é o motivo principal de sua obsolescência. No caso dos portáteis ainda, o MDEmu usa código fechado (ele é pago).

Pelas minhas pesquisas as licenças MIT e ISC são a mesma coisa e são as mais permissivas. E uma das estipulações das licenças GPL é que qualquer trabalho derivado de um projeto que use esta licença precisa também ser de código aberto.

DISPONIBILIDADE

A maioria dos emuladores está disponível para Windows, sendo eles: RetroArch, Kega Fusion, Mednafen, Gens, Ares, Exodus, BlastEm, Bizhawk e ClownMDEmu.

Para macOS estão disponíveis: RetroArch, Ares, BlastEm, Mednafen, Gens e o exclusivo OpenEmu.

Para Linux estão disponíveis: RetroArch, Ares, BlastEm, Mednafen, Kega Fusion, Gens, Bizhawk e ClownMDEmu.

Para Android temos: MDEmu, RetroArch, ClassicBoy e Lemuroid. Em termos de Android a versão do RetroArch na PlayStore está bastante desatualizada (nem aparece para o meu aparelho), os outros emuladores estão presentes na loja normalmente. MDEmu é um app pago e ClassicBoy é freemium, com muitas funções desbloqueadas fazendo upgrade para a versão paga. Para iOS existe o RetroArch e o Delta (este último por enquanto só na versão beta disponível para membros pagantes do Patreon).

O RetroArch é campeão inigualável na quantidade de plataformas, suportando também vários consoles, como PS3, Wii, GC, 360, X-Box, Vita, 3DS, Switch e Wii-U com o núcleo Genesis Plus GX e adicionando PS2, PSP e DS para o núcleo PicoDrive. E até para dispositivos de realidade virtual, emulando toda a experiência através do EmuVR.

Para PS2 tem ainda o PGen. E para Dreamcast existe o Gens4Dreams.

Existe emulador até para os navegadores, como o EmulatorJS que vários sites usam e que suporta muitos sistemas através dos núcleos libretro do RetroArch, ou o do Archive ou ainda a versão browser do ClownMDEmu.

CONFIGURAÇÃO

A configuração do Mednafen é um pouco dificultada, tendo que usar dois programas para facilitar, mas depois desse início ele é ridiculamente simples de usar. O BlastEm é imensamente simples também, se você ignorar a horrenda GUI de configuração de joystick. O Ares e o Bizhawk também tem configurações simples, com vantagem para o Ares por não ter que acionar controle de 6 botões em um menu separado. O Kega Fusion também é muito simples de usar, mas sua idade acaba complicando as coisas fazendo com que se tenha que mexer em configurações de compatibilidade para rodar em sistemas mais atuais do Windows 10 em diante. O Exodus também é bastante simples de configurar. O RetroArch, por sua vez, é o menos acessível e o mais complicado de configurar. Utilizar a interface deste programa para selecionar o (s) diretório (s) de ROMs e configurar o joystick através da nem um pouco intuitiva interface de Retropad Binds é irritante, sem mencionar a necessidade de atualizar tudo primeiro. Isso se dá por que um dos objetivos do RA é uma interface unificada em todos os inúmeros dispositivos suportados, portando a UI é feita para ser navegada tanto por teclado e mouse quanto por joysticks da mesma maneira. Em defesa do RA, existe um Menu da área de trabalho que é melhor que a interface padrão mas muitas coisas não podem ser feitas nessa interface.

No Android, Lemuroid é o que é ridiculamente simples de preparar. O ClassicBoy também, basta baixar um núcleo e basicamente já está pronto. O MDEmu é um pouco mais complicado, mas nada demais. O RetroArch novamente é bastante difícil de usar inicialmente.

Em termos de acesso aos jogos, depois da configuração inicial chata o RetroArch oferece uma lista e função de procurar por jogos digitando seu nome. Emuladores como o Kega Fusion, o Exodus, o BizHawk, o ClownMDEmu e o Ares, que usam o Windows Explorer, tem naturalmente a função de pesquisa do próprio Explorer para buscar os jogos. Ares e BizHawk tem ainda a vantagem de terem uma seção de jogos recentemente abertos que é bem conveniente. Mednafen e BlastEm, por sua vez, são outros que têm uma lista de jogos no próprio emulador mas não tem função de busca por nome.

CONTROLES & ACESSÓRIOS

O RetroArch é o único a possuir modo portátil que mantém caminhos relativos para diretórios possibilitando levar ele por aí sem perder as configurações e também tem a opção que salva a configuração do controle mesmo após ser desconectado e reconectado, o que é particularmente útil na versão mobile.

O Kega Fusion e o RetroArch com núcleo Genesis Plus GX são os únicos com suporte a 4-Way-Play e Team Player para jogatina entre mais de 2 jogadores.

O Kega Fusion se destacou por ter suporte a vários acessórios, apesar de ter sido o primeiro dos emuladores aqui apresentados. Além dos multitaps1, também suporta as armas Menacer e Justifier e o mouse, além do j-cart. A configuração de controles nele também é simples e efetiva.

O Ares só tem o uso dos controles de 3 e 6 botões e do mouse e a configuração dos mesmos é fácil. Também é assim com o Mednafen.

O Bizhawk te dá acesso ao controle de 6 botões, mas é preciso entrar em um menu separado e ativar ele. Em compensação, não emula nenhum outro acessório.

O ClownMDEmu não parece ter suporte a joystick. O Exodus foi o único emulador que não manteve a configuração do joystick plug and play quando desconectado e reconectado do PC. O Ares permite até três mapeamentos diferentes de controle (contando o teclado) e todos os três se mantém com reconexões. Assim como o RetroArch, o BlastEm reconhece o controle que está conectado e alterna automaticamente para ele conforme previamente mapeado. O Bizhawk, por sua vez, falhou em manter os controles corretos quando se alterna entre joysticks diferentes e Mednafen e Kega Fusion perdem as configurações.

A configuração de controles (USB/bluetooth) do BlastEm é um pesadelo de uso. A configuração de controles no RetroArch é apenas um pouco melhor que no BlastEm, sendo a parte mais complicada e menos acessível de ambos emuladores. Porém isso é menos desculpável no caso do BlastEm, que não é um multisistema.

Os emuladores podem focar em simplicidade ou customização, pois geralmente focar em um tira foco do outro. Em emuladores focados em acessibilidade como era o Kega, não dá, por exemplo, para configurar as hotkeys (teclas de atalho) para salvar o jogo. Emuladores com possibilidade de personalizar teclas de atalho: RetroArch, Ares, BizHawk, BlastEm e Mednafen.

Nos dispositivos mobile, os emuladores disponíveis tem opções de usar joystick externo USB/bluetooth e esconder o controle virtual (esta é automática no Lemuroid). O RetroArch (apenas na versão estável) novamente impõe empecilhos, com a navegação por toque na interface desabilitada, tendo que se navegar apenas pelo joystick, e nem sempre há uma tecla para selecionar opções. A versão nightly resolve este problema, mas nela o mapeamento de botões não funcionou. O MDEmu e o ClassicBoy mantiveram a configuração ao ser reconectado. MDEmu e RetroArch apresentam perfis diferentes para controles diferentes e as configurações se mantém quando se alterna. O Lemuroid não reconheceu um dos dois joysticks testados. O ClassicBoy perdeu completamente a configuração ao alternar controles. A configuração é fácil no MDEmu, em grande parte por ser focado especificamente no MD, depois no Lemuroid (no joystick que funcionou) e é mais complicada nos outros dois.

COMPATIBILIDADE & DESEMPENHO

Desses emuladores, alguns como o Kega Fusion e o Gens estão desatualizados e precisam de soluções extras como modo de compatibilidade para resolver problemas em versões mais recentes de sistemas operacionais.

Dos emuladores discutidos aqui, alguns tem emulação considerada incompleta, com falta de compatibilidade suficiente para serem desaconselhados, como é o caso do Mednafen.

O RetroArch tem versões antigas até o Windows 98! O Kega funciona desde os Windows 9X e o Mednafen funciona do 98 pra frente. O Exodus requer pelo menos o XP. Como o Bizhawk requer o Net Framework 4.0 pelo menos, receio que só rode do Windows XP pra frente, e o Ares requer pelo menos o 7.

Todos os emuladores rodaram bem no meu modesto e antiquado Pentium Dual Core. O RetroArch demora um pouco mais para abrir quando executado e o Bizhawk mais ainda que o RA. Em termos de espaço ocupado o RA também é o mais pesado, com quase 2 GB de tamanho, enquanto que Kega, BlastEm e ClownMDEmu ficam por volta dos 5 MB cada, o Exodus tem cerca de 10 MB, o Mednafen 30 MB e o Ares e o Bizhawk ocupam cerca de 100 MB cada. No Android, os emuladores ocupam menos de 15 MB, com exceção do RetroArch e seu peso de cerca de 30 MB e do ClassicBoy e seus mais de 100 MB (downloads iniciais, sem núcleos).

O RetroArch pode ficar bem pesado quando se aplica filtros de imagem, mesmo com um único filtro e uma passada, a depender do filtro. Mas o Exodus demonstrou ser o mais pesado ou o pior otimizado, foi o único que teve lentidão quando ativei o programa de captura de vídeo.

Em termos de compatibilidade com jogos, tem compatibilidade com o Virtua Racing: BizHawk, Ares, Kega Fusion e RetroArch.

O Ares, segundo os desenvolvedores, tem compatibilidade quase total com a biblioteca de games lançados comercialmente para MD (1.442 de 1.449 jogos), e o único jogo com problemas é NBA Jam nas versões EU e JP. A compatibilidade do núcleo Genesis Plus GX do RetroArch é altíssima, provavelmente o mais compatível emulador de MD. Sua taxa de compatibilidade só é afetada por versões fora do Windows, que não são tão compatíveis quando a versão PC.

Apenas alguns emuladores tem suporte a ROMs maiores do que os 40 megabits2 do maior jogo lançado oficialmente para o console (SSFII), sendo que os descontinuados como o Kega Fusion não tem este suporte. Por isso, apenas emuladores como o RetroArch suportam ROMs como Ultimate Mortal Kombat Trilogy e Pier Solar. Até por que jogos como o supramencionado Pier Solar usaram um mapper3 na sua ROM que precisa ser implementado e obviamente em um emulador descontinuado isso não vai acontecer. Curiosamente o antigo Gens KMod tem suporte a ROMs grandes (mas não a mappers atuais). Os outros com este suporte são o Bizhawk e o BlastEm.

O Kega Fusion suporta jogos nos formatos zip, gen, bin, smd e md, mas não suporta ROMs compactadas em rar; e o mesmo vale para o RetroArch, o Exodus e o Ares. O BizHawk é o único que, além de todos os outros formatos, suporta ROMs em rar. O BlastEm, o ClownMDEmu e o Mednafen, além de não reconhecerem rar, também não rodam em smd, mas o BlastEm, o Mednafen e o BizHawk suportam ROMs compactadas no formato de código aberto gzip; e o ClownMDEmu adiciona zip à lista de formatos não suportados.

No Android, o pago MDEmu surpreendeu mostrando ao escanear e rodando todos os formatos. O ClassicBoy Pro e o RetroArch rodam todos os jogos se você os carregar manualmente, mas não encontram arquivos rar ou jogos acima dos 5 megabytes ao escanear. Curiosamente, no android só o núcleo PicoDrive do RetroArch rodou o fangame Real Bout.

Sobre o Kega Fusion, ainda, vale mencionar que a última versão lançada, a 3.64, tem problemas de compatibilidade com jogos, que eram inexistentes na versão anterior, a 3.63.

A emulação sonora do MD é a parte mais sensível e o núcleo Nuked usado pelo Genesis Plus GX do RetroArch é considerado o que melhor executa a tarefa. O BizHawk também usa o Genesis Plus GX, mas é uma versão mais antiga que ainda não implementava o Nuked. Segue abaixo uma videocomparação entre eles.

https://youtu.be/8uBvxTKgVDI

E abaixo a comparação das versões Android.

https://youtu.be/Wr2DC-Om1q4

Ainda sobre compatibilidade, demos feitas usando ao máximo os recursos de um console e até recursos desconhecidos servem como uma espécie de teste da acurácia de emulação. Segue um vídeo do youtube comparando alguns emuladores na demo Overdrive 2 do time Titan, uma ROM muito famosa da demoscene de Mega Drive. A demo não funciona nos emuladores a seguir: Kega Fusion e Gens.

https://www.youtube.com/watch?v=HMx1L60u-u0&t=29s

Lembrando que até mesmo entre os consoles MD, 30% dos de modelo 1 e alguns dos modelos 2 tem glitches gráficos nessa demo. Como se pode notar, apenas Ares, BlastEm e o núcleo PicoDrive rodam a ROM perfeitamente. Pode ser artefato da minha gravação, mas o Ares parece rodar a demo mais rápido. Não temos como saber, também, se os desenvolvedores dos emuladores que rodaram a demo atualizaram seu emulador para rodar ela melhor ao invés de melhorarem a acurácia geral.

Segue abaixo a mesma ROM rodando nos emuladores de Android, repetindo o bom resultado do núcleo PicoDrive.

https://youtu.be/ZcG12rdyH4I

Outro método possível para testar acurácia é com ROMs de teste, como a VPDFIFOTesting do Nemesis que performa 122 testes. Se eu entendi corretamente e a existência de letras em vermelho indica falha nos testes, os resultados são os seguintes: o Kega Fusion só teve 10 acertos, o ClownMDEmu teve 14 erros, o PicoDrive teve 12 erros, o Genesis Plus GX teve 2 erros. O BlastEm, o BizHawk e o Exodus tiveram 1 erro cada apenas. O Ares passou ileso no teste. Vale lembrar que o criador do teste é o mesmo do emulador Exodus. Ainda assim, dado tudo que foi falado aqui o Ares surpreendentemente parece ser o mais fiel a um MD.

No mesmo teste no Android, o ClassicBoy teve 1 erro no núcleo Genesis Plus GX e 12 pelo PicoDrive. No RetroArch mobile os núcleos repetiram os resultados da versão PC. O MDEmu só teve 46 acertos. A demo não apareceu no Lemuroid.

ATUALIZAÇÕES

O RetroArch foi lançado inicialmente em 2010 e é constantemente atualizado, a última atualização dele foi semana passada (11/03/2025). Seu núcleo Genesis Plus GX (de 2012), por sua vez, teve atualização três semanas atrás. O Ares (de 2021) é outro atualizado por último neste mês corrente. O BlastEm é um caso diferente, a última versão estável foi em 2019 mas a versão ‘beta’ continua em desenvolvimento e foi atualizada este mês também. O Bizhawk (2015) foi atualizado em janeiro deste ano e o ClownMDEmu o foi semana passada. A última postagem do blog do Exodus é de janeiro do ano passado, o que indica que pode ou não ter sido abandonado. O Mednafen teve sua última atualização ano passado e a do Kega Fusion (2004), por sua vez, se deu há 14 anos atrás.

Em relação a atualizações, o RetroArch tem algumas conveniências, com a função de atualizar núcleos e algumas coisas dentro do próprio emulador. O emulador também tem uma versão Steam (núcleo PicoDrive), o que significa que pelo menos nesta versão ele atualiza automaticamente.

As atualizações do ClownMDEmu denotam um aplicativo em fase relativamente inicial de desenvolvimento (seu desenvolvimento só começou em 2022), ainda efetuando muitas correções de bugs e aprimoramento de compatibilidade. O BlastEm também demonstra estar amadurecendo, embora em um nível mais avançado que o CMDE. Tendo sido lançado em 2012, já está em um nível de emulação excelente.

No Android, o ClassicBoy (2013) foi atualizado este mês (março de 2025) na PlayStore, já o Lemuroid (2020) foi atualizado em outubro de 2024, o que também é recente. O MDEmu (2011) foi atualizado pela última vez em abril do ano passado. O RetroArch (2014), por sua vez, não é atualizado na loja desde 2021, mas a versão Android continua sendo atualizada conjuntamente com as outras versões, portanto teve seu último update este mês. Emuladores presentes na Google Play Store tem notificação de atualização, o que é uma desvantagem para o RetroArch.

No iOS, o Delta foi atualizado no fim do ano passado.

Estas datas mostram uma cena que permanece florescendo.

FUNÇÕES EXTRAS

Alguns emuladores tentam focar em um nicho específico, como é o caso do Exodus, que teve como alvo emulação super precisa, independente de quão pesado isso tornasse o emulador. Com a falta de atualizações, entretanto, o Exodus está longe de ser o emulador mais fiel, sendo superado pelos que foram sendo atualizados. O Exodus também tem implementadas algumas funções de debug. O BlastEm por sua vez mirou em precisão mas requerendo menos poder de processamento, uma abordagem mais balanceada. Já o Bizhawk foca em speedruns4 assistidos por ferramentas, integrando funções usadas por este grupo dentro do próprio emulador. Outros focaram em debugging5 e funções úteis para quem quer estudar e talvez até fazer jogos de Mega Drive, caso dos mods de Gens como o Kmod e também o ClownMDEmu. Este último, aliás, é o mais atualizado dos que tem este foco, mas ainda está sendo trabalhado e portanto ainda é falho. Por fim, os antigos Regen e Gens32 Surreal também tinham funções úteis para debug.

Para seu nicho de ‘mercado’, o Bizhawk conta com funções como rewind (‘rebobinar’ ou voltar atrás no jogo). O Ares também conta com esta função. Ambos também contam com a opção run-ahead, que gasta mais recursos do sistema para mitigar o input lag; e o Bizhawk ainda permite configuração de usuários diferentes com configurações de emulador diferentes pra cada um e também te dá acesso aos Retroachievements (sistema de conquistas) e a várias funções de debug.

O RetroArch, entretanto, é o campeão de funções diferenciadas, como modo widescreen com o núcleo Genesis Plus GX Wide, jogar MD com som de CD, tradução em tempo real de jogos usando IA, SwitchRes (modo especial para TVs de tubo), acesso à função RetroAchievements, suporte a g-sync/freesync, black frame insertion e funcionar em máquinas de realidade virtual através do EmuVR. A maioria dos emuladores oferece opções de filtros de imagem, mas o RetroArch vai muito além, com opções de combinações de filtros e múltiplas ‘passadas’ de filtro.

TRAPAÇAS

O Ares tem suporte a trapaças com um menu simples, assim como o Kega Fusion.

O RetroArch e o Mednafen tem suporte a cheats (trapaças) salvas em arquivo formato cht e o Gens e o Kega tem suporte às mesmas no formato pat.

O Bizhawk também tem a função, o que era esperado dado seu foco, e o menu tem mais opções, na verdade é um pouco complicado.

No Android, ClassicBoy, RetroArch e MDEmu tem suporte.

FILTROS & IMAGEM

O Ares te dá acesso a muitos filtros de imagem (formato slang) que podem ser aplicados, inclusive com múltiplas passadas pré-definidas, mas não combinação de shaders . Porém estes filtros só estão disponíveis se escolher o driver OpenGL, que é mais pesado. Além disso só tem suporte a DirectX9, apesar do meu PC ser DirectX12. Ele também tem opção de esconder ou mostrar a área de overscan. A maioria dos jogos foi feito para que esta área (nos cantos direito e esquerdo) dos jogos ficasse escondida, com alguns poucos utilizando ela. Outros emuladores com esta opção: Bizhawk.

áreas de overscan ao redor da imagem

O acesso do Bizhawk a filtros é um pouco dificultado, por padrão conta com poucos, dependendo do usuário adicionar mais (formato cgp). Ele também não possui suporte a múltiplas passadas e customização de filtragem.

Outro que se precisa adicionar os filtros é o Kega Fusion, que além disso não tem opções extras de customização de passagens.

O BlastEm é funcional apenas, te dá opção de alguns filtros, nada que chame a atenção; e o mesmo se repete com o Mednafen.

Como dito sobre o RetroArch, a implementação de filtros de imagem é extensiva, com muita possibilidade de personalização. E sua versão mobile oferece a mesma flexibilidade.

Nos mobile ainda, Lemuroid oferece alguns poucos filtros dado seu foco minimalista e é a mesma coisa com o ClassicBoy e o MDEmu.

MULTIMÍDIA & SAVES

Todos os emuladores tem suporte a save state. O BlastEm diz ter suporte a screenshots, mas não funcionou, ClownMDEmu e Exodus não tem o recurso. No RetroArch, Mednafen e Kega Fusion dá pra tirar fotos com ou sem os filtros; e as fotos do Ares saíram distorcidas. A função é básica mas funcional no BizHawk. A maioria permite gravação de vídeos, mas… ClownMDEmu, Ares e BlastEm não tem a função. A gravação de vídeos do Bizhawk é complicada e inacessível. A do Mednafen é inutilizável, salvando em um formato desconhecido para o qual não se encontram informações. A do Kega Fusion requer instalação manual do codec de vídeo, mas fora isso é fácil e simples. Os vídeos oriundos do Kega ficam grandes muito rápido, então a melhor opção para gravação de vídeos é o RetroArch.

No Ares e no BlastEm, mudar a pasta de saves nas configurações faz com que não funcione. Portanto, não faça isso. O ClownMDEmu não tem slots, mas permite salvamento personalizado em um arquivo por parte do jogador.

A versão Steam do RetroArch supostamente tem suporte a sincronização de saves entre dispositivos, salvando-os na nuvem da Steam.

No Android, Lemuroid permite salvar na nuvem (no Google Drive). No ClassicBoy, salvar é uma função desbloqueável mediante pagamento. Todos os emuladores no Android exceto o MDEmu oferecem função listas de jogos com imagens inclusas. Gravação de vídeo é uma função desnecessária nos sistemas mobile, devido aos mesmos já terem a função embutida. Todos menos o MDEmu oferecem função de busca por jogos pelo nome.

NETPLAY
Dos emuladores disponíveis, os seguintes tem jogatina online.

O Gens tem essa possiblidade através de lobby do Kaillera. O RetroArch tem lobby próprio e também a opção de configuração manual sem lobby. Com o núcleo PicoDrive, suporta também netplay entre máquinas diferentes (PC e Android, por exemplo). O FightCade2 roda alguns jogos selecionados de Mega e possui o afamado rollback netcode com lobby para seus jogos. O Kega Fusion e o Mednafen, por sua vez, não possuem lobby, apenas o modo manual. Sobre essa jogatina online, ainda, o RetroArch com núcleo Genesis Plus GX e o Kega Fusion são os únicos com suporte a 4-Way-Play e Team Player para jogatina entre mais de 2 jogadores.

Nos smartphones, apenas o RetroArch possui netplay, tanto online quanto em LAN (local, por WiFi). Ou a opção extremamente limitada em número de jogos de MD chamada GGPO, que é uma espécie de FightCade para smartphones.

Outra opção, ainda, são sites como o retrogames.cc, que usam o EmulatorJS para permitir jogar MD no navegador, inclusive com suporte a Netplay e uma espécie de lobby.

SEGA CD, 32X, etc

Kega Fusion, RetroArch (Genesis Plus GX), BlastEm e Ares tem suporte ao Sega CD. A emulação do Sega CD no Kega é considerada falha e não é indicada. Kega Fusion, RetroArch (PicoDrive), Ares e Bizhawk tem suporte ao 32X. Apenas o Ares e o núcleo PicoDrive suportam Sega CD 32X, ou seja, jogos que usam os dois juntos.

Todos tem suporte a Master System e Game Gear, exceto o Exodus e o ClownMDEmu.

Ares, Mednafen e RetroArch, aliás, são multisistema e tem suporte a uma miríade de consoles.

VANTAGES & DESVANTAGENS
Outras desvantagens pontuais desses emuladores.

O Ares, o Exodus, o Mednafen e o BlastEm não tem função de escolha automática de região do jogo ao bootar. O Ares também não permite configurar uma pasta específica para jogos de MD, considerando que é um emulador multisistema. Em comparação, o Bizhawk permite configuração de todos os diretórios para sistemas específicos.

Vale mencionar que o Mednafen, o Ares e o Exodus não permitem arrastar ROMs para dentro do emulador ou executável para funcionar, o que é algo um pouco irritante.

Exodus, ClownMDEmu e BlastEm não tem função de acelerar o emulador (fast forward), ou a mesma não funciona.

Em termos de emuladores debug, o Exodus, o Regen e o ClownMDEmu oferem as mais extensivas funções, indo bem além do que o BizHawk apresenta. Porém o ClownMDEmu ainda está em um estágio inicial e inutilizável.

  • BizHawk
  • ClownMDEmu
  • Exodus
  • Gens KMod
  • Regen

O BlastEm se destaca por sua compatibilidade e facilidade de usar, mas em compensação a configuração de um controle que não seja o teclado é complicada e problemática.

O Mednafen e o RetroArch tem uma lista de jogos, não sendo necessário navegar para encontrar seu jogo; e o RetroArch em especial ainda tem listas específicas por sistema e inclusive com fotos dos jogos.

O ClownMDEmu carece de muitas opções para quem quer apenas jogar, em compensação suas opções de debug são extensas e crescentes. Outro dos seus chamados à fama é não ser uma pasta, mas apenas um executável; isso se deve a um de seus focos ser portabilidade.

Vale dizer também que o Kega Fusion em sua versão 3.64 e o RetroArch estão traduzidos para PT-BR. Sobre o RA ainda, alguns dos emuladores standalone tem versões em núcleo para ele, caso do BlastEm e do ClownMDEmu.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O mundo da emulação de Mega Drive vai bem, e teve bastante evolução no decorrer do tempo. Há um certo monopólio da inovação por parte do RetroArch que é arriscado, mas a existência de um emulador standalone não-multisistema ativo para MD, o BlastEm, é algo que traz esperança; e o ClownMDEmu desponta como algo também promissor.

Com os problemas de compatibilidade do Kega, nenhum dos emuladores remanescentes de MD é a solução definitiva para quem quer simplesmente jogar, o mais próximo é o BlastEm e se melhorar os menus de configuração de controle se tornará esta solução.

Há ainda um aspecto moral a ser levado em consideração. O RetroArch é motivo de desgosto para muitos programadores de emulador. O uso de núcleos sem dar o devido crédito e inclusive em desacordo com suas licenças, removendo funções das versões originais e também se recusando a implementar versões mais atualizadas dos mesmos, causa atritos que colocam alguns desenvolvedores firmemente contra a iniciativa.

Fortuitamente, o Ares é um emulador multisistema que desponta como um concorrente sadio para o RetroArch, com uma interface mais fácil de ser usada e desenvolvimento ativo. Ele também tem algumas das mesmas funcionalidades, como o run ahead6 e suporte a free sync7.

No geral eu diria que para quem quer simplicidade o BlastEm é a melhor escolha. Ou se o seu PC for mais defasado. Se você estiver em um Windows 7 ou anterior, o Kega Fusion ainda é a maneira mais prática e simples, desde que não queira jogos maiores que 40 Mb. Para quem quer emular muitos consoles diferentes de maneira simples e fácil a meu ver o Ares é a melhor opção. Agora para quem busca recursos a rodo, o RetroArch desponta como campeão absoluto. O ‘pulo do gato’ com o RetroArch, no entanto, é a quantidade de plataformas para as quais ele está disponível, fazendo dele uma solução onipresente na cena de emulação, e não apenas de Mega Drive. O BizHawk é para quem quer focar em speedruns. O Exodus me parece o melhor para quem deseja as funções de debug, considerando a acurácia dele, a quantidade de funções, e o fato de que seu potencial concorrente ClownMDEmu ainda está em fase inicial de desenvolvimento. Surpreendentemente, o Regen ainda é uma excelente escolha para debug.

No Android, Lemuroid é o emulador para quem quer jogar descomplicadamente, sendo o mais moderno, já que foi lançado inicialmente em 2020; e novamente o RetroArch é para quem quer ir além. MDEmu e ClassicBoy não justificam o fato de serem pagos e são opções ruins.

Vou terminar com rankings pessoais de emuladores para MD.

Android:

  1. Lemuroid – Simples e prático.
  2. RetroArch – Muitas funções, mas complicado.
  3. ClassicBoy – Simples, mas parcialmente pago.
  4. MDEmu – Um pouco mais complicado, e pago.

Windows:

  1. BlastEm e Ares – A simplicidade de uso aliada a boa emulação me chamam a atenção.
  2. RetroArch – Todas as funções presentes! É um luxo para retrogamers.
  3. Kega Fusion – O mais fácil de usar, mas é reconhecidamente menos fiel.
  4. Mednafen – Inacabado, mas com a UI Mednaffe é bem agradável de usar.
  5. Bizhawk – Não sou o público alvo, as muitas funções o tornam pesado.
  6. ClownMDEmu – A natureza beta deste faz com que tenha que estar em penúltimo lugar.
  7. Exodus – Desatualizado, defasado e pesado, desaconselho a menos que queira usar suas funções de debug.

Para guias dos emuladores discutidos nesta matéria, clique: RetroArch, Mednafen, Kega Fusion, BlastEm, Ares

Para os guias do Android, clique aqui.

Fontes: GameTechWiki
EmuGen
SegaRetro
Medium
NonMAME
Dustinodellofficial

Glossário Extra:

Input Lag ou Delay: Atraso entre o pressionar do botão do controle e a ação ser feita na tela. É ocasionado por questões eletromecânicas da conexão entre joystick e videogame; ou ainda por um atraso da tela em reproduzir a ação executada, devido a características inerentes à tecnologia da tela em questão.

SwitchRes: É um modo de emulação específico para CRT (monitores e TVs de tubo) que adapta a resolução para estas telas.

RetroAchievements: Sistema de conquistas que gera emblemas quando o jogador atinge determinados objetivos nos jogos, e ranqueia os jogadores no site.

Rollback Netcode: Algoritmo de jogatina online para diminuir o input lag causado pelas distâncias atravessadas pela comunicação entre o aparelho de um jogador e o de outro em partidas cooperativas ou competitivas.

Black Frame Insertion: Função de inserção de frames pretos para diminuir o motion blur inerente às telas atuais, especialmente aquelas com 120 hz de taxa de atualização.

Lobby: Sistema virtual de ‘sala de espera’ em que jogadores podem encontrar outros jogadores para jogarem multiplayer.

GUI: Graphical User Interface ou interface gráfica do usuário, também chamada de UI ou user inferface.

Beta: Fase de desenvolvimento de programas ou de versões novas destes, depois da alpha.

  1. Multitap: Dispositivo que se conecta à entrada de joystick e permite conectar mais controles do que o padrão suportado por um console. ↩︎
  2. Megabit: 1 megabit é igual a 0,125 megabytes. 1 megabyte é igual a 8 megabits. ↩︎
  3. Mapper: Chip presente em um cartucho que redireciona os dados do cartucho para que o console possa ler em partes, permitindo assim leitura de ROMs maiores que o MD podia originalmente suportar. ↩︎
  4. Speedrun: Consiste em zerar ou finalizar o jogo o mais rápido possível. Quando é assistido por ferramentas, o jogador usa de hacks para burlar o jogo e terminar ainda mais rápido. ↩︎
  5. Debugging: Método pelo qual programadores testam jogos e programas para corrigir erros, verificando o funcionamento dos mesmos enquanto estão rodando para descobrir o que está causando problemas. ↩︎
  6. Run Ahead: Tecnologia para diminuir o input lag a níveis mais próximos do que era originalmente com um controle por cabo em uma TV de tubo. ↩︎
  7. G-Sync e Free Sync: Tecnologia de monitores que são capazes de modificar seu framerate, de modo que emuladores podem usar esta tecnologia pois as TVs e monitores da época tinham framerate diferente das atuais. Isso é mais útil para emulação de arcades, dado que os fliperamas tinham telas especiais com framerates não-ortodoxos. Também conhecido como adaptive sync. ↩︎

#análise #emuladores #megaDrive #segaGenesis

Eternidade 1Eternidade1
2025-03-19

Futebol: Raiz do esporte

Futebol: Raiz do esporte é uma reflexão sobre as experiências de um jogador em campo.

eternidade1.blogspot.com/2025/

#ANÁLISE

Queda da aprovação de Lula parece fenômeno estrutural, não de conjuntura

↪️ Não há mais gratidão política automática, e a sociedade mudou, com eleitor mais crítico e menos fiel

📝 Felipe Nunes
mla.bs/bfeaf5b7

Crystal Linux com KDE Plasma: Uma experiência agridoce

Recentemente postei que eu estava enfrentando diversos problemas no Arch Linux, principalmente com o consumo de Bateria, que pra mim estava excessivo. Com isso, comecei a testar algumas alternativas, e com isso acabei me voltando para uma distro que eu usei por meses: O Crystal Linux.

E instalei o Crystal num SSD externo, mas não com o Gnome, que é o ambiente padrão. Mas sim com o Plasma. E como gostei da experiência, resolvi reinstalar o Crystal e dessa vez, fazendo uma Review do Instalador dele.

  1. (Re)Particionando o Disco
  2. Indo para a Instalação do Crystal Linux
  3. Depois de reiniciar o Computador
    1. Assistente do KDE Plasma
      1. Mostrando um pouco do Poder do Plasma
        1. Visão Geral
        2. KRunner
        3. KDE Connect
        4. Atividades
        5. Cofres do Plasma
        6. Configurações do Sistema?
      2. Saindo do Poder do Plasma e indo para o Assistente…
    2. Cadê o Assistente do Crystal?
    3. Seleção de Aplicativos meio sem pé, nem cabeça.
  4. Instalando e configurando algumas coisas
    1. Usando a Discover, a Loja de Aplicativos do Plasma
    2. Configurando o Sistema
      1. Adicionando a Impressora
      2. Configurando o Gerenciamento de Energia
    3. Aplicativos Flatpaks com fontes ENORMES!
    4. Testando o inSANE
    5. Instalando o OneDrive
    6. Testando a Bateria do Notebook no Plasma
  5. Conclusão

Mas antes, o que é o Crystal Linux? O Crystal Linux é uma distribuição Linux baseada no Arch Linux, e que é bem enxuta por padrão. Ao menos na versão Gnome dela. E ela oferece algumas coisas, como:

  • Amethyst que é um ajudante de AUR bem útil;
  • Onyx, que é basicamente um Gnome modificado com algumas extensões;
  • Jade, que é o instalador da distribuição.

(Re)Particionando o Disco

Eu tinha feito um particionamento interessante quando instalei o Arch, fazendo uma partição exclusivamente para o Onedrive de 1 TB, colocando uma Swap de 48 GB e um /boot de apenas 350 MB. O que foi bem pouco.

E com isso, decidi aumentar o /boot para 1 GB, juntar a Partição do OneDrive com a /home e diminuir a Swap de 48 GB para 32 GB. E isso me agradou mais.

E depois de bastante tempo, terminei de reparticionar o disco. Com isso, foi hora de ir para a instalação do Crystal Linux.

Indo para a Instalação do Crystal Linux

E indo para a parte da instalação. Eu fiz duas vezes a mesma instalação, sendo uma que foi mal-sucedida e outra que ocorreu conforme o esperado.

Ao abrir o instalador, somos recebidos por essa simpática tela de boas-vindas.

O primeiro passo é a seleção do leiaute do teclado. Basta clicar em “Search”…

… e buscar pelo teclado. Como tenho um Thinkpad, é ele tem um leiaute um pouco diferente, tive que selecionar ele.

O interessante é que só selecionar o leiaute do teclado, o instalador já deduziu o Fuso Horário e as configurações de Região.

Em seguida é a parte de criação do usuário. Coloquei o nome do usuário, deixei configurado como administrador e desativei a conta de super usuário.

Depois, nesse ponto foi a hora de escolher o Desktop. Aqui escolhi o Plasma ao invés do Onyx, que é o padrão.

Logo em seguida foi a escolha do nome do computador, e se o Timeshift e a zRAM seriam ativados. E optei por deixar ativados.

Depois disso, é a hora de escolher o disco para a instalação. Como eu já tinha feito o particionamento, optei pelo Particionamento Manual…

… e aqui é a parte que “o Filho chora e o Pai não vê”. Se você tem mais de um disco, isso se torna um pesadelo pela desorganização.

E por fim, o instalador te mostra um resumo das escolhas feitas, com opções para modificá-las.

Depois do resumo, a instalação tem seu início.  O instalador vai baixar todos os pacotes necessários da Internet, então a velocidade da instalação depende da sua conexão.

E depois de uns 46 minutos a instalação, enfim, terminou.

E depois de terminada, pude reiniciar o computador e usar o Crystal Linux com o KDE Plasma.

Depois de reiniciar o Computador

Depois reiniciei o computador, para entrar no Crystal Linux. Primeiro fui recebido pela tela padrão do SDDM. Que é bem feinha por sinal. Eu não tirei uma captura de tela, mas ela é mais ou menos assim:

O SDDM por padrão. Imagem disponível na Wikipédia.

E assim, fiz o login e entrei no sistema.

Assistente do KDE Plasma

Quando entrei no sistema, fui recebido por um simpático assistente de boas vindas do KDE Plasma. A primeira tela, é uma tela de boas vindas, com o Konqi, o simpático mascote do KDE

Depois é uma tela que mostra como se conectar à Internet. E como eu já estava conectado, aí pude prosseguir.

Logo em seguida, é uma parte onde mostra uma representação de como é um desktop do Plasma por padrão. E realmente, o Plasma é bem simples por padrão.

E de fato, se você quiser o Plasma sem quiser configurar, você pode. A configuração padrão já é equilibrada o suficiente para que qualquer um consiga usar. Mas não é pela simplicidade que o Plasma é conhecido

Mostrando um pouco do Poder do Plasma

E depois de mostrar o quão simples é o Plasma por padrão, vem uma parte que mostra o poder do Plasma. Pessoalmente, acho o Plasma muito interessante por conta disso mesmo.

E ele mostra seis recursos do Plasma aqui: Visão Geral, KRunner, KDE Connect, Atividades, Cofres e o Configurações do Sistema. Indo para cada um deles.

Visão Geral

Esse é um dos recursos que eu mais gostei, principalmente por ter vindo do Gnome.

E essa visão Geral tem dois modos. Um deles exibe as Áreas de Trabalho na parte de cima, ou na esquerda (dependendo do número de Áreas de Trabalho) e as janelas da área de trabalho que está selecionada.

Já o outro, exibe as áreas de trabalho numa grade, mostrando todas as janelas de todas as áreas de trabalho.

KRunner

O Plasma tem três locais onde se pode pesquisar coisas do sistema: No Menu de Aplicativos, na tela de Visão Geral e pelo KRunner.

Basta apertar Alt + Espaço e você tem uma barra de pesquisa onde você consegue pesquisar por aplicativos, arquivos do computador, abas do navegador e até mesmo converter unidades.

KDE Connect

O Plasma oferece um recurso onde você consegue integrar o seu celular ao seu computador. Tal como o “Seu Telefone” do Windows, mas com a vantagem de rodar tanto no Linux como no Windows.

E apesar do KDE Connect ser “exclusivo” do Plasma, ele tem uma versão para o Gnome, chamada GSConnect, que usa o aplicativo do KDE Connect para Android. Se você está no Gnome, esse é um recurso que vale a pena.

Atividades

Sim, o Plasma tem um recurso de Atividades e que surgiu lá na época do KDE 4, mas que não é muito usado.

Ele permite separar ainda mais o que você está fazendo, inclusive com as Atividades podendo ter um Wallpaper diferente e Widgets diferentes na área de trabalho. Mas esse é um recurso que está mais escondido e ele não parece tão fluído.

Cofres do Plasma

Esse é um recurso bem interessante: Cofres. É uma forma de deixar os seus arquivos mais seguros, o que é bem legal isso vir no Plasma. É algo que eu usaria? Provavelmente não.

Configurações do Sistema?

Eu acho engraçado o Configurações do Sistema estar nessa parte, mas é compreensível. Aqui dá pra você realmente alterar bastante coisa do Plasma, o que é muito legal. E até um pouco confuso, às vezes.

Saindo do Poder do Plasma e indo para o Assistente…

Depois de ver o que o Plasma tem para oferecer, voltamos para o restante do Assistente. Aqui, ele apresenta a Discover, que é uma loja de Aplicativos muito boa, rápida como deveria ser.

E aqui, é sobre o compartilhamento de Informações de Uso, em que dá pra definir em cinco níveis de uso. E cada um dos níveis, compartilham informações diferentes.

Mas relaxa, que essas informações são anônimas e completamente opcionais. E por fim, o Assistente de Boas Vindas do Plasma termina.

Cadê o Assistente do Crystal?

Mas também era para aparecer outro assistente: O do próprio Crystal Linux. Instalei o Crystal três vezes: A vez que instalei ele com Gnome, quando instalei ele para testar no meu SSD portátil e agora.

Nas duas anteriores, o Crystal exibiu um assistente de configurações, mas dessa vez não. E acabei fazendo as capturas do assistente do Crystal quando instalei ele pela segunda vez, no SSD portátil.

A primeira tela, é uma telinha de boas-vindas, bem simples. E aqui já dá pra ver como os aplicativos que usam aquele padrão do Gnome, destoam bastante do Plasma.

Depois foi uma escolha dos Gerenciadores de Pacote. Além do Pacman e do Amethyst, o Crystal oferece suporte do Flathub/Flatpak e aos pacotes Nix. O que acho bem interessante.

Depois foi a hora de colocar a senha do Administrador…

… e fazer o processo de configuração, que tem somente dois slides: Esse do Amethyst, apresentando ele como um “Wrapper” para o Pacman e um gerenciador de AUR simples e rápido.

E outro falando dos Backups do Btrfs. Como instalei o sistema em EXT4, não terei acesso a isso.

E depois de um tempo, o assistente finaliza.

Seleção de Aplicativos meio sem pé, nem cabeça.

Se teve uma coisa que me surpreendeu negativamente foi a seleção de aplicativos padrão do Crystal Linux com KDE Plasma. A seleção de aplicativos simplesmente não faz sentido!

Indo categoria a categoria. A primeira que traz algo relevante é a Desenvolvimento. Eu não sei as outras distros, mas não acho que essas coisas deveriam vir por padrão no Plasma. Só acho.

Já na Categoria Escritório, tem nada além do Kongress. Bom, esse é um aplicativo de Congressos do pessoal do KDE. Acho que isso é um pouco inútil para o usuário comum, que só quer usar o sistema.

Mas falta o Okular, que é o visualizador de documentos do KDE Plasma, que seria um aplicativo importante.

E aqui, na categoria Gráficos, algo bem curioso: Tem um aplicativo de Escanear arquivos (que não usei em nenhum momento, pelo inSANE me atender muito bem), mas falta um Visualizador de Imagens.

E o KDE tem o Gwenview, que é um bom Visualizador de Imagens. Isso pra mim, seria algo essencial para colocar na seleção de aplicativos.

Depois na seção Internet, tem um aplicativo bem curioso: o KTrip. É tipo um Moovit ou um Cittamobi, que são aplicativos para ver os horários do Transporte Público. Não entendo o porquê desse aplicativo estar aqui.

Já na categoria de multimídia, temos um Gravador (ok), o VLC (ok, também) e… um Guia de TV?

Depois, na categoria de Sistema, tudo volta ao normal. Aqui tem aplicativos que parecem serem normais para essa categoria…

… para a bizarrice vir na categoria de Utilitários. Aqui temos duas Calculadoras (Kalk e Kcalc), um Pomodoro (Francis), um Aplicativo de Respiração (Kalm), um Aplicativo para fazer Chá (KTeaTime), um Timer (KTimer), Dois editores de texto (Kate e KWrite).

Como o Crystal Linux não tem uma imagem Live do Plasma para poder testar, essa seleção de aplicativos me decepcionou bastante. Eu esperava uma seleção bem mais enxuta, tal como eles fizeram no Gnome, mas recebi uma Seleção que não faz tanto sentido.

Instalando e configurando algumas coisas

Depois dessa primeira impressão um pouco ruim, é a hora de finalmente colocar esse sistema pra produção. Instalar os aplicativos e configurar algumas coisas para que eu possa trabalhar nele.

Usando a Discover, a Loja de Aplicativos do Plasma

Começando pela loja de Aplicativos do Plasma. Eu gostei da experiência de usar a Discover para instalar os aplicativos. Senti que ela é bem mais rápida do que a Gnome Software, que às vezes dá algumas endoidadas.

E com isso, aproveitei e instalei os seguintes aplicativos, além do Telegram e Discord:

  • Parabolic para baixar vídeos do Youtube usando o youtube-dlp;
  • OnlyOffice para ser a minha Suíte Office;
  • Krita para ser o programa de desenho que uso no Cantinho do Romeo;
  • XnConvert para converter as imagens e fazer pequenas edições;
  • OBS Studio para gravar a tela das Timelapses;
  • Simplenote para fazer anotações;
  • Steam para me divertir um pouco com alguns jogos que gosto;
  • Minecraft Bedrock para jogar Minecraft com os amigos;
  • Inkscape para trabalhar com arquivos vetoriais;
  • Kdenlive para editar os meus vídeos;

Uma seleção de Flatpaks um pouco mais enxuta do que da outra vez, em que eu tinha instalado o Arch com Gnome. E tudo isso foi instalado na Discover, que se mostrou bem estável durante a instalação dos Flatpaks que eu iria utilizar.

E algo que gostei da Discover (que só fui descobrir depois) é que dá pra instalar os complementos do Plasma e de alguns aplicativos por ela. É algo bem interessante e que gostei bastante.

Configurando o Sistema

Depois de instalar os Flatpaks, comecei a configurar o sistema. Principalmente com duas coisas importantes: A Impressora e o Gerenciamento de Energia.

Adicionando a Impressora

Comecei a configuração da Impressora, instalando o Driver dela, que nunca vem em nenhuma distro que eu instalo. Sendo assim, instalei o Driver que está no AUR via Amethyst.

E depois, ao abrir o Configurações do Sistema para configurar a impressora, eis uma surpresa: O system-config-printer não estava instalado no sistema.

O que demonstrou uma falta de cuidado da equipe do Crystal Linux com a versão com Plasma. Instalei isso a parte, mas não é algo que deveria vir faltando no sistema.

E depois de instalar isso, consegui configurar a minha impressora. O sistema identificou a minha impressora que estava na porta USB…

… e o Driver dela estava na lista de Drivers da impressora.

E assim, consegui fazer algo que eu não tinha conseguido fazer antes no Gnome: Adicionar a impressora tanto no WiFi como na USB. E fazer funcionar dos dois modos.

Configurando o Gerenciamento de Energia

Essa é uma parte que eu adorei no Plasma: o Gerenciamento de Energia. Aqui dá pra configurar tudo e deixar algumas coisas mais automatizadas, como fazer o sistema mudar de Perfil de Energia para cada um dos eventos (Com Carregador, na Bateria e com Bateria Baixa), mudar o brilho da tela e algumas outras coisas.

E tem até mesmo configurações mais avançadas, que permitem que você escolha com quantos por cento de Bateria, será a Bateira Fraca ou em Nível Crítico. Bem útil para notebooks com baterias viciadas.

Inclusive, dá pra definir um Limite de Carga. Eu adorei essas configurações, pois isso não é algo que dá pra fazer no Gnome. Não por padrão.

Aplicativos Flatpaks com fontes ENORMES!

E como instalei um monte de Flatpaks, me deparei com mais um problema: As fontes dos aplicativos em Flatpak estavam enormes!

E claro, teve outros aplicativos em as fontes estavam bem serrilhadas, como se algo estivesse faltando no sistema. Instalei o Gnome Tweaks, e nada. E a solução veio, e compartilhei ela por aqui.

A solução foi instalar uma pacote que faltou no sistema: O xdg-desktop-portal-gtk. Mais uma falta de cuidado por parte da equipe do Crystal Linux. Depois de instalar isso, os aplicativos em Flatpak ficaram mais normais.

Testando o inSANE

Claro, não poderia deixar de testar o inSANE. Apensar de ter um software de escaneamento já incluído no sistema, estou achando o inSANE mais prático de usar.

Mas tem uma coisa que acabou sendo uma particularidade do inSANE no Plasma: Ele simplesmente não exibe o Konsole ao executar o Script diretamente do Dolphin. E esse era o comportamento padrão no Gnome.

Provavelmente, terei que fazer alguma coisa que use as notificações do KDE para alertar algumas coisas do Script. E fazer isso, de forma que seja opcional ter. Mas tirando isso, o inSANE funciona perfeitamente. Passou bem no teste.

Instalando o OneDrive

E por fim, foi a hora de instalar o OneDrive. Instalei o OneDrive pelo AUR via Amethyst, e eu já tinha configurado o OneDrive na minha instalação do Arch, que estava anteriormente.

E como eu mantive a minha /home, a configuração já estava lá. A única coisa que precisei fazer, foi trocar a pasta onde os meus arquivos do OneDrive seriam baixados.

Testando a Bateria do Notebook no Plasma

Como seria um Download enorme, de mais de 100 GB de arquivos, deixei o notebook ligado a noite e aproveitei para fazer um Benchmark da bateria, com aquele script que eu fiz há alguns meses.

E de acordo com esse Script, a bateria durou razoavelmente bem e com um consumo relativamente baixo. Ao menos, bem menor do que no Arch Linux.

[19-02-2025 - 22:23:24]Bateria Atual: 96%Tempo restante: 04:19:55Taxa: 9,066W(...)[20-02-2025 - 02:01:43]Bateria Atual: 20%Tempo restante: 01:43:49Taxa: 4,854W

Porém, como esse Script parou nos 20% restantes, não tenho uma noção de quanto tempo a bateria deve ter durado de fato. Mas chuto que o notebook deve ter durado até umas 3 horas da manhã.

E isso me deu um incentivo para tentar outra vez. E assim fiz, mesmo sem o OneDrive rodando de fundo, com o Bluetooth desativado, a tela com o brilho no mínimo e o Hub USB desconectado.

O que seria uma situação daquelas, de estar rodando o apenas com o PostyBirb de fundo. E esse foi o resultado do primeiro e do último registro:

[22-02-2025 - 00:26:06]Bateria Atual: 99%Tempo restante: 06:11:11Taxa: 6,102W(...)[22-02-2025 - 07:13:30]Bateria Atual: 5%Tempo restante: 00:25:32Taxa: 5,299W

Bom, esse “benchmark” foi feito sem rigor algum, mas foi apenas uma curiosidade. E que até a bateria está com uma duração bem razoável, e gostei muito disso.

Conclusão

Se eu posso definir o Crystal Linux com o Plasma como Desktop, eu defino ele como decepcionante. Não por problemas, mas pelas escolhas que a equipe do Crystal Linux fez para o Plasma, como na inclusão de aplicativos que não fazem sentido algum e a inexistência de outros que seriam importantes.

Sério, eles fazem um bom trabalho na edição Gnome/Onyx, onde tem uma seleção bem enxuta, mas muito funcional. Apesar de alguns pequenos problemas, a edição Gnome é excelente, na parte onde eles controlam.

Para mim, as únicas duas coisas que o Crystal fez muito bem, é o Amethyst, que é um AUR Helper realmente bem útil, e o Gerenciamento de Energia, que está muito bom.

Talvez eu realmente tenha me decepcionado, pois esperava uma seleção de aplicativos mais enxuta, com o que o KDE Plasma tem a oferecer, e que não estivesse faltando componentes, como o caso do xdg-desktop-portal-gtk e do system-config-printer.

Definitivamente eu não recomendaria a edição Plasma do Crystal para outras pessoas, justamente por causa desses detalhes. É uma experiência bem agridoce. Amargo por causa das escolhas da equipe da Distro, e Doce por causa do KDE Plasma.

E fora essas decepções, pelo KDE Plasma ser um excelente ambiente, a experiência de uso é boa. O Plasma é um ambiente extremamente flexível e que permite fazer de tudo nele. E gosto disso.

#Análise #CrystalLinux #Linux #Plasma

2025-02-02

✨ Domine sua Estratégia com a Análise de Concorrentes em SEO!

📝 Descubra como a análise de concorrentes pode transformar sua estratégia de SEO e elevar seu site às alturas! Neste post, mostramos como identificar as melhores práticas do mercado e otimizar seu conteúdo para alcançar mais visitantes. Não fique para trás! Clique no link e aprenda a superar a concorrência com eficiência!

.
.
.
...
inkdesign.com.br/analise-de-co

2025-01-22

✨ Domine seu Mercado com Análise de Concorrentes em SEO!
📝 Quer saber como os concorrentes estão conquistando posições no Google? Descubra estratégias eficazes e insights valiosos para aprimorar sua abordagem de SEO. Neste post da InkDesign, vamos guiá-lo na análise de concorrentes e como isso pode transformar sua visibilidade online. Não perca essa oportunidade de se destacar! Clique e saiba mais!
.
.
...
inkdesign.com.br/analise-de-co

Client Info

Server: https://mastodon.social
Version: 2025.04
Repository: https://github.com/cyevgeniy/lmst